terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

De novo na Lei???

Por Carlos Chagas

Sentado em minha sala com um amigo e seu notebook percebi que ele estava em seu email. Perguntei: "Você tem internet 3G?" Ele me respondeu que não. Tornei a perguntar: "Mas como você está na internet se eu não tenho internet Wireless?" Ele me disse: "O seu vizinho tem uma internet Wireless com senha... chutei uma aqui e o modem dele aceitou... agora estou usando a net dele!" Daí tornei a perguntá-lo: "E você não acha que isso é roubo não?" Ele me respondeu: "Quando ele colocou sistema Wireless na casa dele aposto que nunca se preocupou com o sinal avançando suas divisas e nem se tal sinal iria atrapalhar aparelhos domésticos seus como o micro-ondas... logo, também não perguntarei a ele a senha se já descobri e uso seu sinal que está aqui disponível na sua casa, afinal, isso não caracteriza roubo. Se ele acha isso ruim ou injusto, troque a senha ou diminua a intensidade do sinal do modem."

Já se deparou com uma situação onde a Lei brasileira não alcança poder e alguém, ou você próprio, tomou uma escolha para si e a pôs em prática prejudicando ou criando uma polêmica como a da situação acima? Já parou para refletir nela? E já a comparou com os tempos de Jesus quando Ele quebrou o jugo da Lei mosaica com o Evangelho?

Comecei a pensar e escrever este artigo porque percebi que no Brasil, ao menos, há uma valorização da Lei nacional, ainda que da boca pra fora, mas em pouco nos efeitos que ela deveria produzir que são a justiça, ética, moral, ordem, decência e pudor. Assim como a Lei brasileira tem tais objetivos a Lei religiosa também os tem, diferenciando em pouco seus objetivos. Lei é para garantir direitos, deveres no intuito de que a vida vá bem e em progresso. Mas quando esta Lei não consegue garantir tais efeitos pessoas intencionadas (ou mal intencionadas?) se apropriam desta fraqueza para praticarem suas intenções, que, em muitas vezes, não estão de acordo com os objetivos da Lei, que foram mencionados acima.

Restringindo ao Evangelho e à vida que o cristão deveria levar percebo que muito dos cristãos usam das brechas das leis para tirarem "lucro" da situação. É pegando crianças de colo emprestadas para irem à fila prioritária, ou mandando seus avós pagarem as contas (com intenção de agilidade). É furando bloqueios ou estacionando em local proibido, como vagas para deficientes físicos. Enfim, parece que Cristo nem veio ao mundo!!! Sua intenção era mostrar aos seus que a Lei não consegue trazer a moral e os frutos e que isso só é possível quando esta Lei fosse transplantada para dentro do coração do homem o qual, com o arrependimento, passaria a ser agente transformador da vida, promovendo-a.

Mas o que vemos hoje são os cristãos, que se dizem promovedores da vida, voltando aos velhos rudimentos do mundo e da lei, deixando de lado o objetivo principal do Evangelho. Não quer dizer que só porque há uma brecha na Lei que isso lhe dá o direito de fazer algo que até em sua consciência é algo condenável. Aliás, na vida de um cristão, o que deve estar em voga é tentar fazer algo que nem ao menos lhe foi pedido no intuito de promover vida. Sejamos assim!

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