terça-feira, 3 de junho de 2014

Riqueza das religiões

Por Carlos Chagas

Este artigo faz parte da série O que é ser cristão? Caso queira acessar o índice clique aqui.

É difícil demais para um adepto de determinada religião aprovar a religião de outrem, mas o que não se pode negar é que todas as religiões buscam a mesma coisa: a salvação do homem, seja ela espiritual (céu, inferno, etc), seja ela material (miséria, medo, etc). Toda religião parte do pressuposto da fé, superstição e descrença de algo. Logo não dá para negar que: 

  • Não só o cristianismo mas todas as religiões lutam contra egoísmos, miséria, medo, injustiças, hipocrisias, falta de liberdade e outros, cada qual à sua forma de ver o mundo; 
  • Todas as religiões reconhecem o bem. Todas lutam para que o homem não se estacione em si mesmo, pois sempre há algo mais além desta vida e da morte; 
  • Todas as religiões dão ouvidos aos seus profetas e profecias. Isto inspira o homem à coragem e lhe dá força para o recomeço. 

Se se deixado de lado o preconceito, o egoísmo e as tendências de cunho religiosos o homem talvez entenderia que todas as religiões, com seus respectivos profetas (Jesus, Buda, Confúcio, Zaratustra, etc) estavam na busca e na luta pelos mesmos ideiais. A mesma sede guiou estes profetas a tal busca. E o mais interessante é que ainda que todos estejam motivados pela mesma sede cada religião fundada tem suas próprias característica e riqueza. 

Observando profundamente e relatando de forma ágil sobre cada religião poder-se-á dizer que o hinduísmo produziu a mais rigorosa ascese e meditação, além de filosofias profundas, como as Shankaras. Já o budismo tenta explicar que se sofre para a eliminação do sofrimento, que a causa deste sofrimento é nada mais que o egoísmo, a auto-afirmação, a sede de viver, que levam o home a uma outra reencarnação. A vitória para isso é a superação de todo este mal pelo próprio homem. Daí o nirvana (apagar-se). No confucionismo se vê muita valorização do humano, mas que não quer dizer que não há a valorização do caminho ao céu (tao). Existe uma lei moral cósmica, que está presente no homem na qual se revela o Caminho. No islamismo se destaca os cinco pilares fundamentais: o credo (prece), a contribuição aos pobres, o jejum no mês de Ramadã, uma peregrinação a Meca e submissão total a Alá, que é o único Deus, do qual o sofrimento é manifestação imutável e, como tal, deve ser aceito. 

Este é o universo das religiões. A religião (o ato de se religar a Deus, ao totalmente outro) se encontra somente na religião (organização da fé). Sabe-se que para falar de uma religião antes deve-se entendê-la e respeitá-la, e que é impossível descrevê-las tal como são, uma vez que suas convergências, afinidades, encontros, influências e entrelaçamentos estão em constante expansão. 


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