terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Revista Holocausto (Segunda Guerra Mundial) disponível para download

Por Carlos Chagas

Mais de sessenta anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939—1945), o massacre de judeus pelo exército nazista de Adolf Hitler continua a gerar controversia, apesar da farta e inquestionável argumentação existente. Há ainda quem afirme que tudo não passou de uma farsa para que o Estado de Israel fosse fundado -  o que aconteceu em 1948. Esse é, sem dúvida, um absurdo dito por radicais simpatizantes do nazismo.

Não por acaso, portanto, o Governo Alemão baixou uma lei em 1993 que pune quem regar ou aprovar o extermínio dos judeus com cinco anos de prisão. Na Áustria, o rigor é ainda maior: o réu pode pegar até vinte anos de reclusão. Por isso, as declarações do presidente do Irã, Mahmud Ahmadinedjad, em 2006, sobre o Holocausto e Israel provocaram violentos protestos em todo o mundo. Ele não apenas negou o direito de existência ao país como caracterizou de um “conto do Ocidente” o extermínio de milhões de judeus pelos nazista durante o Terceiro Reich. Para compreender melhor sobre a opinião de Ahmadinedjad clique aqui.

Como resposta, a Alemanha cobrou satisfações do embaixador do Irã e aprovou uma resolução condenando as afirmações de Ahmadinedjad. Segundo o documento, a proibição de negar os fatos históricos do Holocausto não representa penas a posição de todos os políticos, como tambén é ponto pacífico para a sociedade alemã. Na ocasião, o vice-ministro das Relações Exteriores Gernot Erler afirmou que o “reconhecimento incondicional do direito do Estado de Israel à existência é um dos pilares da política externa alemã”.

O deputado Florian Toncar, do Partido Liberal, foi ainda mais enfático: 14 “Refutamos terminantemente esses ataques repetidos, direcionados, insuportáveis e, francamente, asquerosos”. O presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, Paul Spiegel, disse que reações verbais, por mais rigorosas, não bastavam. Era preciso, na sua opinião, que atos acompanhassem as palavras. “Essas declarações são as piores que ouvi de um estadista, desde Adolf Hitler”. 

Também o historiador Wolfgang Benz, diretor do Centro de Pesquisa sobre o Anti-semitismo, de Berlim, disse ter ficado chocado com as palavras de Ahmadinedjad. E percebeu um amplo consenso na sociedade alemã a esse respeito - excetuado um grupo minúsculo de extremistas de direita e neonazistas. O Holocausto é um fato histórico que não pode ser negado, reafirmou Benz. “Todos já entenderam isso. O genocídio aconteceu e provocou as terríveis consequências que ainda sofremos até hoje” 

Com o propósito de informar e alertar novas gerações dos horrores cometidos no passado por um regime de força - para que jamais se repitam-, a Editora Escala preparou esta edição especial dedicada ao lado mais terríveI do nazismo. Nas próximas páginas, o leitor encontrará um completo painel ilustrado sobre os campos de concentração e de extermínio montados pela política racista de Hitler. Um volume caprichado, para ler e guardar.

Para baixar a revista clique aqui.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A proposta é ser nojento?

Por Carlos Chagas

Acabou que não me segurei e tive que escrever isso. Nesta quarta-feira após a festa de Carnaval, algo tão típico da vida do brasileiro, eu, mais uma vez, tive que escutar aquelas "contações de vantagens" de como foram as festas. De pessoas sem escrúpulos eu não podia esperar muita coisa: "Catei mais de 8 mulheres em uma só noite em Ouro Preto"; "Porra, sou fodido mesmo!"; "Bebi até entrar em coma". E o pior é que esta última foi contada no ar de vantagem!

Daí fiquei a pensar:

- Se cada homem pegou cerca de 5 mulheres (tem uns que falam de 15!!!) era necessário cerca de 15000 para cada 3000 homens para ainda torcer para não pegar "baba" de outro;
- Que vantagem tem em se conclamar o "pegador" se a maioria que está ali vai com esse propósito mesmo?;
- Para que contar vantagem de entrar em "coma" alcoólico se isso só serviu para atrapalhar a festa do mesmo?;

Mas o pior dos meus pensamentos é o seguinte. Acompanhe passo-a-passo do mesmo:
- "Usa-se camisinha nas festas carnavalescas. Que bom, ao menos a chance de se contrair DST é menor. Mas e se rolar um oral sem essa camisinha? Tipo assim: Beijei ao menos 40 meninas nos 5 dias de festa. O que não me garante que estas não haviam feito tal ato e depois veio me conhecendo e me 'garrando'?"

Chego a me enojar do que penso quando escuto tais coisas. Além disso eu tenho que fazer caras e bocas para tolerar em respeito esses carnavalescos. Não falo mais nada para alguns porque os mesmos já sabem minha postura. Um deles, irritado pelo meu silêncio me perguntou: "Não vai falar nada?". Disse: "Não!". 

Mas é assim o Brasil. O povo reclama de tudo mas faz cada coisa! Uma pessoa que não valoriza seu corpo, suas condutas, suas festas, como poderá valorizar outras coisas? Ir para festas e se atracar com outras pessoas que fazem o mesmo só para garantir uma fala de vantagem no final de tudo me faz pensar que o Brasil merece o povo que tem: Estes preferem lutar por promiscuidade que lutar contra os "tiriricas" do Congresso Nacional ou contra coisas que seriam, como posso dizer... menos nojentas.

Todavia ainda faço parte dos caretas chamados de "santinhos" que não "comem mulheres nas festas", nem fumam (nem mesmo cigarros!!!), nem bebem, e coisas do tipo mas que ainda têm ideais e princípios. Assim, que venha um Brasil e mundo melhor!

Que meu filho não seja mais um desses. Caso venha ser, que as responsabilidades sejam assumidas por ele de forma consciente.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A religião mais perseguida do mundo

Por Carlos Chagas

Não é de hoje que percebo o quanto a crítica é implacável para com o cristianismo. Desde o século XVIII até a atualidade, de todas as religiões presentes, o cristianismo é o mais bombardeado em todas as esferas de estudos.

Para aqueles que acompanham meu blog sabe o quanto defendo o cristianismo enquanto uma tentativa séria de contato real entre Deus e o homem, e vêem o quanto busco, de todas as formas, mostrar a importância do mesmo para o mundo. Foi numa destas iniciativas de defesa do cristianismo que encontrei o artigo abaixo, escrito por Reinaldo Azevedo, onde ele defende, com muita propriedade o cristianismo. Para não estragar o que ele escreveu gostaria que, sem mais delongas, você lesse tal artigo logo abaixo:

A religião verdadeiramente perseguida no mundo hoje é o cristianismo! Ou: de corajosos e covardes

Por Reinaldo Azevedo

Os nazistas capturavam vilarejos na Segunda Guerra e transformavam os civis em reféns. A cada soldado alemão morto no conflito, podiam executar, sei lá, cem civis. Mas nem eles matavam pessoas sob o pretexto de que o Mein Kampf tinha sido vilipendiado… É claro que estou fazendo uma ironia macabra! É para ver se certos cérebros  ligam nem que seja no tranco! É inacreditável— ou melhor: é acreditável, mas é espantoso! — que delinqüentes intelectuais no Ocidente responsabilizem dois pastores imbecis, que queimaram um exemplar do Corão no EUA, pelos atentados terroristas no Afeganistão!

Com raras exceções, a imprensa ocidental teve a moralidade seqüestrada pela lógica do terrorismo islâmico. É um troço escandaloso! Durante a “revolução egípcia”, a chamada “Primavera Árabe”, que leva Arnaldo Jabor ao delírio, igrejas foram queimadas, cristãos foram assassinados pelo simples fato de… serem cristãos!, casas foram invadidas. Procurem saber o que a imprensa noticiou a respeito. Quase nada!

Atenção! Há, sim, uma religião perseguida no mundo hoje. É o cristianismo! A quase totalidade de mortes em razão de perseguição religiosa se dá contra cristãos: na Nigéria, no Sudão, na Indonésia, em quase todos os países árabes, sejam eles aliados do Ocidente ou não. Há quase dois milhões de filipinos católicos trabalhando na Arábia Saudita, fazendo o serviço que os nativos se negam a fazer. Estão proibidos de cultuar sua religião. A transgressão é considerada um crime grave. Na Nigéria, no Sudão ou na Indonésia,  não se queimam exemplares da Bíblia, não; queimam-se pessoas mesmo!

Ninguém dá a menor pelota porque, afinal, o cristianismo é considerado uma religião ocidental — o que, diga-se, chega a ser uma outra burrice histórica; está fora das “vítimas influentes”. Até a minoria Bahá-í, no Irã, tem mais prestígio. Quando digo “até”, não é para subestimar ninguém. A questão não é qualitativa, mas quantitativa. São milhões os cristãos submetidos ao regime de terror, sem que isso comova os “defensores da humanidade”. Parece que o cristianismo não merece nem o olhar caridoso nem o militante.

Não obstante, em nome da “tolerância” religiosa, os nossos “pensadores” eximem de seus próprios crimes os facínoras afegãos que saem degolando a primeira coisa que se mova — desde que estrangeira — para protestar contra a “violação” de seu livro sagrado.

A que se deve isso? Por incrível que pareça, a esquerda antiamericana, antiocidental, vê no islamismo uma espécie de aliado, ainda que regimes fundamentalistas, ainda que os comunas sejam os primeiros a ir para a forca quando os regimes  fundamentalistas se instalam. Os esquerdistas ainda não perceberam que só a democracia ocidental, que eles adoram odiar, garante-lhes a devida segurança para que possam tentar destruir a… democracia ocidental.

De resto, detesto gente covarde! E covardes protestam contra a queima de exemplares do Corão nos Estados Unidos. Os realmente corajosos vão protestar contra a queima de Bíblias em Cabul!!!


Que tais palavras lhe sirvam de reflexão.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Apocalipse Bíblico: Predições do futuro ou promessas divinas?

Por Carlos Chagas

"No Dia do Senhor, entrei em êxtase, no Espírito, e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, a qual dizia: 'O que vês, escreve-o num livro e envia-a às sete igrejas'." Assim começa a mais famosa literatura apocalíptica de todo o mundo: O Apocalipse Bíblico. Temido por uns, esperado ansiosamente por outros, este é com certeza a literatura apocalíptica mais lida de toda a história e com certeza a mais comentada e interpretada também. Foi escrita por João, um dos quatro evangelistas, por volta de 95d.C., na pequena ilha de Patmos, no mar Egeu.

O livro possui personagens assustadores como os 4 cavaleiros que espalham fome, guerras e peste, além da morada dos mortos, anjos (e muitos), trovões, terremotos e relâmpagos. Cenas apavorantes recheiam a literatura causando grande espanto, medo e curiosidade em seus leitores.O Apocalipse de João, como também é conhecido, demonstra uma luta entre o Bem e o Mal, entre Deus e o Diabo. Nesta luta, apesar da grande maldade e destruição, Deus sai como o vitorioso aprisionando Satanás, o Acusador, e seus seguidores, no inferno, onde haverá, por toda a eternidade, choro e ranger de dentes. Como toda história de guerras, esta também tem seu campo da grande batalha final, a saber, o Armagedom, que para muitos estudiosos, trata-se de Megiddo, hoje território de Israel.

Ainda hoje as interpretações do livro levam muitos a crerem que se trata do fim do mundo. Para muitos analistas e teólogos isso não é o real propósito do livro, que tem por nome apocalipse, que do grego significa Revelação, onde se dá o desvendamento divino de uma série de coisas que antes eram ocultas ao povo mas que agora são reveladas a um profeta escolhido por Deus.

Para o teólogo Cesar Kuzma, coordenador e professor do curso de Teologia da PUC-PR, o livro do Apocalipse não trata de revelações do futuro, nas suas palavras "O Deus bíblico não faz predições, ele faz prmessas". Portanto, para Kuzma, o texto do Apocalipse de João é uma maneira literária, própria da época, de narrar acontecimentos que marcavam a vida dos primeiros cristãos. A linguagem, para sua época, era rica e de fácil compreensão, o que não o é nos dias atuais devido ao grande abismo cultural e do tempo. Não importavam o tamanho das tribulações, Jesus Cristo era (e é) aquele que é mais forte e quem dá a resposta final. Kuzma diz: "O julgamento de Deus está em fazer justiça a quem está caído e recuperar os agentes de destruição, ou seja, é um julgamento de salvção, não de condenação. O Deus cristão não condena ninguém, é um Deus da acolhida, que ama a todos e 'faz novas todas as coisas'."

"É um livro de esperança não de temor" diz Leomar Antônio Brustolin, doutor em Teologia da PUC-RS. Para ele a linguagem e os símbolos são carregados de segredos que que permitem ao cristão entender quem é o Senhor de tudo ao mesmo tempo que confundo aos que se detêm no simbolismo e nas profecias do fim. Para Brustolin o livro tem alto grau de dificuldade na compreensão para o mundo ocidental atual, mas que era de fácil compreensão para o mundo oriental antigo. "É uma literatura própria das épocas de crise e perseguição, em que se procura 'revelar' os caminhos de Deus sobre o futuro, para consolar e encorajar os justos perseguidos, dando-lhes a certeza da vitória final", explica.

Sabe-se que o livro do Apocalipse foi escrito em tempos de perseguição da igreja pelo então imperador Titus Flavius Domitianus (Domiciano - 81-96. Na época se perguntava "quem mandava no mundo? Os tiranos ou o Senhor do Céu?" Esse envolvimento dos poderes terrenos e celestes assegurava aos crentes que Deus é aquele que não só participa do governo dos Céus como também da Terra, tendo total controle dos poderes malignos.

Apesar de João viver na Terra ele comunga de visões celestiais. Tais visões são passadas aos crentes com um simbolismo quase e, às vezes, irracional, o qual transmite uma esperança aos que crêem de que Deus transpassa a História que eles vivem deixando uma mensagem secreta para os perseguidores. A forma na qual foi escrita o livro resume o desafio que é para o homem, que é finito, descrever algo que é infinito.

Em tempos atuais novas interpretações apocalipiticas do livro de João tem dado uma ideia de que a volta de Cristo à terra será em caráter destrutivo e vingativo, vingança esta que denotará a ira de Deus por sobre todos. Nas palavras de Brustolin "o dia do Juízo Final, a vinda de Cristo, e a consumação do tempo e do espaço são alguns aspectos da fé cristã que, não raras vezes, causa certo desconcerto, afetando o sentido da esperança dos cristãos", ou seja, tais interpretações podem criar certas ideias que não condizem com a real proposta do livro. "Isso ocorre porque a fantasia apocalíptica desenvolveu a ideia de que a vinda de Cristo será marcada pela ira, pela vingança e por sinais catastróficos" explica o teólogo.

Quanto a esse medo do fim é algo explicado por estudiosos. Para Jelson Oliveira, coordenador do curso de Filosofia da PUC-PR, o fim do mundo tem a ver com a finitude do homem que o assombra diariamente. Para o psicólogo britânico Bruce Hood imagina um final coletivo é algo inato ao ser humano. "O fim do mundo sempre foi uma ameaça usada especialmente pelas religiões para impor parâmetros de comportamento aos indivíduos [...] A destruição de cidades (Sodoma e Gomorra são um bom exemplo) é anunciada como vingança pelos pecados da população. Ou seja, a morte do fim do mundo aparece como medida moral" diz Oliveira.

Esse receio de fim de mundo tem sido ajudado pelo conhecido calendário. Com a chegada de datas redondas como as viradas de milênios, onde tanto nos anos 1000 quanto nos anos 2000, nos quais foram registrados de forma escrita e científica percepções das mudanças que tais datas implicaram, dão a chance ao homem de reavaliar sua conduta moral e ética e reestruturar sua posição no reino da vida, tanto como indivíduo como espécie.

Por mais que seja assustador os acontecimentos descritos no Apocalipse de João deve-se ter em mente que a humanidade caminha para a comunhão com Deus no final de tudo. O homem, enfim, viverá em comunhão com Deus e todas as dores terão acabado. O sofrimento não terá mais lugar porque "Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não mais existirá, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores já passaram."

Fonte:
SILVEIRA, Evanildo da. Apocalipse: O fim do mundo. Fúria Divina sobre a Terra. Super Interessante, São Paulo, n.291, p.9-13, maio 2011.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sonorização de igrejas: Como compreender cada freqüência de áudio

Por Carlos Chagas

Por anos tenho sido sonoplasta em minha igreja. Por muito tempo tive dificuldades em sonorizar bem o ambiente de minha igreja. E a dificuldade não é só minha. Percebo que muitos têm essa dificuldade. Mas recentemente obtive em mão um material que responderá as seguintes perguntas que muitos sonoplastas realizam em suas igrejas: "Como equalizar bem um som?", "Como abaixar ao máximo o volume de som na igreja?", "Como descubro que freqüências são produzidas pelos instrumentos?", "Como equalizar corretamente o som dos instrumentos?", etc.

A apostila (que está disponível para download no final deste artigo) trabalha questões cruciais que devem ser observadas para uma boa sonorização do ambiente. Assuntos como mascaramento, timbragem, forma de equalização de instrumentos e vocais, faixas de freqüências divididas por oitavas e freqüências interessantes para cada instrumento musical são os assuntos tratados. Vejamos resumidamente alguns assuntos:

Para visualizar melhor as figuras clique nelas

Mascaramento Sonoro: Basicamente é a tentativa de se trabalhar freqüências específicas para atenuar a sensação de "se escutar tudo mas não perceber nada". Em ambientes nos quais uma banda toca (diversos instrumentos e vozes) e onde o ambiente não ajuda acusticamente tal mascaramento sonoro ajuda a percepção do ouvido humano emitindo determinadas freqüências para melhor desempenho auditivo (para maiores detalhes clique aqui).


Equalização dos instrumentos de acordo com a percepção auditiva do ser humano: Sabe-se que o ser humano escuta as frequências entre 20Hz - 20kHz. Portanto é interessante conhecê-las bem e entender suas funções e destaques em cada instrumento. Veja uma divisão básicas delas na tabela abaixo:


A tabela abaixo facilita para o sonoplasta perceber a falta ou excesso de cada frequência e o que cada uma pode provocar no som:

Frequências que cada instrumento trabalha (emite)

Contra-Baixo: Fundamentais entre 60 e 80 Hz; bom para atenuar em 300 Hz; ataque e pegada aumentados entre 700 e 1 kHz; ganho de 2 a 5 kHz aumenta a definição. Para eliminar ruídos de palheta e execução, atenue entre 4 e 5 kHz.

Bateria: A equalização depende do estilo de música e do instrumento. Nos tambores, em geral, a região de 80 a 250 Hz dá corpo; cortes de 300 a 800 Hz ajudam a limpar regiões indesejáveis e ganho de 3 a 5 kHz aumenta o ataque.

Bumbo: Ressonância entre 50 e 100 Hz; bom para cortar entre 200 e 800 Hz (achar o ponto ótimo); para aumentar o kick reforce entre 2 e 4 kHz.

Caixa: Corpo e peso de 200 a 300 Hz; cantada em 400 e 500 Hz; brilho de 3 a 5 kHz.

Chimbau (hi-hat): Pouca coisa útil abaixo de 1,5 kHz.

Pratos: Se os graves não forem necessários, cortar abaixo de 800 Hz a 1,6 kHz.

Tom-tons: Peso entre 150 a 300 Hz; bom para cortar entre 400 e 800 Hz (ou até 1,8 kHz, dependendo da afinação); baquetada entre 2 a 4 kHz.

Surdo: Praticamente o mesmo que os tons. Tem mais brilho nas médias-altas e a ressonância é em um ponto mais grave.

Guitarra: Peso de 180 a 500 Hz; médias desejáveis entre 800 Hz e 1,6 kHz; cortante entre 2 e 3,5 kHz; 5 kHz ajuda nos solos. Cuidado para não mascarar a voz.

Violão: Ressonância indesejável no tampo por volta dos 180 Hz; excesso retirável entre 150 e 300 Hz; clareza entre 2 e 4 kHz. Se faz parte de uma base, destacar as médias-altas.

Piano: Espectro muito vasto. Geralmente é benéfico esvaziar as médias-baixas de forma a abrir caminho para outros instrumentos. Destaca-se entre 1,5 a 2,5 kHz.

Piano Elétrico: Muito mais médias-baixas que o acústico. Retirar fortemente se estiver mascarando outros instrumentos.

Trumpete: Corpo de 120 a 300 Hz; som característico entre 1 e 3 kHz; brilho interessante entre 2 e 4 kHz.

Trombone: Corpo de 120 a 300 Hz; som característico de 450 a 600 Hz; não desprezar as médias-altas.

Madeiras (para maiores informações sobre este tipo de instrumentos clique aqui): Sons anasalados de 600 Hz a 1,2 kHz; nas flautas, sopro acima de 6 kHz; os de palheta têm destaque de 2 a 3 kHz; clarinetes atingem graves importantes entre 150 e 400 Hz; nos saxofones as médias são importantes mas podem deixar o som feio, cortem bem nas médias-altas.

Cordas: Arcos aparecem de 2 a 4 kHz; sons nasais de 600 Hz a 1,2 kHz. Cellos ressonam entre 150 e 300 Hz; violas soam naturalmente um pouco mais veladas que os violinos, realce nas médias-altas entre 2,5 e 5 kHz. Cuidado para não mascarar os violinos.

Voz: Profundidade em 120 a 250 Hz; normalmente atenuável entre 400 e 700 Hz; realça a nitidez entre 3 e 5 kHz; sibilância entre 7,5 e 10 kHz; puffs abaixo de 80 Hz. Em backing vocals, cortar graves é útil para colocá-las em um plano atrás da voz principal (lead vocal).

Espero que tais informações auxiliem a todos os operadores de áudio.

Para baixar a apostila clique aqui.

Leia também:
Apostila para curso de sonorização (sonoplastia) de igrejas - Disponível para download